sexta-feira, 1 de agosto de 2014

GUIA DE RAÇAS 

BOXER


Com bochechonas engraçadas e um corpo musculoso de dar inveja a qualquer cachorro, o Boxer é mais que um excelente cão de guarda, é um animal de estimação companheiro, brincalhão, dócil e fiel á sua família. De origem alemã, a raça surgiu no final do século XIX, a partir de cruzamentos entre um cão antigo de pelagem dourada ou tigrada chamado Bullenbeisser e o Buldogue Inglês. Seu ancestral trabalhava com a caça e tinha como tarefa segurar firmemente a presa abatida até a chegada dos caçadores. Para esse trabalho, o cão tinha de ter a boca maior possível, com uma dentadura ampla para prender e reter a caça, o que levou á produção de um cachorro de focinho largo e nariz arrebitado, como o do atual Boxer.

O primeiro clube da raça foi fundado em 1896, na cidade de Munique (Alemanha). A partir daí, os criadores passaram a discutir a necessidade de eliminar as características que poderiam "desvalorizar" a raça e começaram a aperfeiçoar, cada vez mais, a criação desse cão. Passados mais de 100 anos, o que vemos hoje é um cachorro harmonioso, elegante e potente, dotado de uma musculatura nitidamente definida, o que lhe confere um aspecto atlético.

FICHA TÉCNICA

TAMANHO: Porte médio e deve medir entre 53 e 63 cm
PESO: Depende muito da altura do cachorro, ficando, em média, entre os 25 e 30 kg
PELAGEM: Curta, dura, brilhante e bem assentada. Pode ser tigrada ou dourada (fulvo)
TEMPERAMENTO: É um cão seguro, tranquilo, corajoso e equilibrado, além de muito ligado à família
BOCHECHAS: São desenvolvidas em relação aos fortes maxilares, sem que isso sejam demasiadamente pronunciadas. Fundem-se ao focinho em uma leve curva 
TRUFA: Larga e preta, é levemente arrebitada. A ponta da trufa fica pouco mais alta em relação à sua raiz

TEMPERAMENTO

"Apesar da docilidade com o dono, o Boxer é um cão tenaz, valente e impetuoso, sendo sua guarda extremamente eficaz. As fêmeas são mais alertas e fazem a guarda com mais afinco", define Ana Iria, criadora do Canil Guiot d'Bhay (RS). Ainda segundo ela, o Boxer é um cão para a família, pois é fiel e um companheiro para todos os momentos. "Todo cão deve ter um líder ao qual ele seja submisso e cujos comandos aceite de imediato. Não podemos nos esquecer que apesar de dócil, o Boxer é um guardião", ensina.


EDUCAÇÃO

Esse cão aprende facilmente comandos de adestramento se seus donos dedicarem tempo para ensiná-lo. "É um pet dengoso. No primeiro ano de vida é um bobão, o que é muito bom, pois facilita a sociabilização com familiares. Ao mesmo tempo, deve-se educá-lo com energia e dedicação", diz Ana Iria.


SAÚDE

A médica veterinária Georgia Freitas da Silva, responsável pelos cães do Canil Guiot d'Bhay, conta que a raça Boxer tem predisposição a doenças cardíacas e câncer (especialmente de pele), mas a seleção genética feita por criadores especializados minimiza a incidência dessas enfermidades. Além disso, como a configuração da boca do cão é classificada como prognata (arcada superior não encaixa na inferior), isso favorece o aparecimento de problemas em cães idosos como tártaro, hiperplasia de gengiva (em que a gengiva "cresce" sobre o dente) e perda dentária, que podem ser minimizados e prevenidos com limpeza e manutenção anual.


CUIDADOS 

"Dependendo do ambiente onde o animal vive (interno ou externo), os banhos podem ter o intervalo variável, mas o recomendado é não ultrapassar um banho semanal" revela Georgia.


ALIMENTAÇÃO

De acordo com Georgia, no mercado pet, já existem rações desenvolvidas especialmente para cães de raça braquicefálicas (Boxer, Pug, etc.), com formato e composição diferentes em relação ás rações para outras raças. "É importante alimentá-lo com uma ração de qualidade, pelo menos duas vezes ao dia", comenta Georgia.

EXERCÍCIOS

O ideal é exercitar o cão todo dia, com caminhadas, passeios e brincadeiras. "Pode-se fazer tudo com ele, até corrida e natação. Os exercícios devem ser feitos conforme a idade do pet", conta Ana Íria.









Por: Revista Meu Pet






terça-feira, 29 de julho de 2014

Parvovirose Canina

O que é parvovirose canina?

É uma doença transmitida através de vírus, que pode ser passada a outros cães através do contato com as fezes.

A parvovirose canina é uma doença aguda e contagiosa, transmitida através do vírus chamado  parvovírus.

 O contágio acontece por meio do contato do cão com fezes contaminadas. Não é preciso      nem que  o animal ingira diretamente as fezes, o simples ato de lamber (por exemplo a pata)  algo que tenha  entrado em contato já transmite a doença.
 O problema atinge cachorros de qualquer idade, os quais também podem transmiti-lo, no  entanto  filhotes de até 20 semanas possuem maiores chances, já que seus sistemas          imunológicos são mais sensíveis, além de que os pequeninos são mais curiosos.

Sintomas da parvovirose canina

Vômito, letargia, anorexia, grande perda de peso, febre (em alguns casos) e diarreia com sangue são os principais sintomas.
Após quatro a cinco dias da infecção, os sintomas da doença começam a se manifestar, quando o vírus chega na corrente sanguínea e atinge o intestino e a medula óssea, resultando em depressão, diarreia profusa com sangue, letargia, anorexia, perda de peso e vômitos.
O vômito é um dos primeiros indícios da doença e, como pode estar relacionado a diversos problemas, os proprietários em geral acabam postergando a ajuda médica, fazendo com que a doença se propague ainda mais. Aos primeiros sintomas, leve o seu cachorro ao veterinário para que faça o diagnóstico e inicie o tratamento o mais rápido possível.
A febre é um sintoma que não ocorre em todos os cães, mas pode chegar à temperatura de 41ºC, seguida de desidratação. É importante salientar que existem casos de hipotermia ao invés de febre.
A desidratação deprime muito a condição geral, visto que todo o metabolismo fica comprometido. O animal perde a capacidade de absorver nutrientes, tais como proteínas, açúcares, gorduras e minerais, além de perder água, que é de vital importância.
Pode ocorrer anemia, devido à perda de sangue, com palidez das mucosas, que normalmente são rosadas, evoluindo para uma coloração mais esbranquiçada.
Além disso, pode ocorrer uma infecção bacteriana generalizada, pois as lesões que o vírus causa no intestino facilitam a entrada desses agentes infecciosos e sua consequente disseminação por via circulatória. Isso ocasiona focos de infecção em outros órgãos importantes, como o coração, por exemplo. Não é raro encontrar-se esse tipo de lesão nas paredes cardíacas, durante a necropsia.
Raças como os Rottweilers e Dobermanns possuem notadamente uma sensibilidade maior à ação do parvovírus canino, desenvolvendo um quadro clínico ainda mais grave e acentuado.
Existem outras enfermidades que acometem os cães que podem ser confundidas com a parvovirose, cursando com quadro gastrentérico grave, tais como algumas verminoses, clostridioses, salmoneloses, hepatites e cinomose.
Somente o médico veterinário pode efetuar o diagnóstico de forma precisa e instaurar o tratamento correto para seu animalzinho, portanto, evite opiniões alheias e procure um profissional de confiança quando da suspeita de alguma doença.

Tratamento da parvovirose canina

É necessário isolar o animal para evitar o contágio de outros indivíduos e, se possível, realizar o internamento clínico. O risco de morte é grande, os cuidados necessários são constantes e podem levar dias.
A identificação da doença pode ser sugerida por um exame de sangue (por meio dos quais são analisados os níveis de células de defesa - glóbulos brancos) e a maioria dos casos exige a internação devido ao alto grau de desidratação do animal, que só é revertida com a administração de fluidos e eletrólitos para reposição das perdas e manutenção da condição orgânica. Em casos mais graves, deve ser realizada a utilização de expansores plasmáticos para se evitar o choque hipovolêmico. Além disso, é instaurada antibioticoterapia e administração de fármacos antieméticos, no intuito de se evitar episódios de vômito, que debilitam ainda mais o animal.
Durante todo o tratamento, o animal não se alimenta, devido à perda do apetite, e o retorno à alimentação deve ser feito de forma gradativa, com dieta especial como, por exemplo, as rações de linhas de prescrição, que possuem uma absorção mais eficaz e auxiliam na convalescência.
Recuperando-se de todos esses agravantes e voltando a ter imunidade, o cão volta a se desenvolver, porém pode ocorrer um atraso no crescimento e o aparecimento de algumas sequelas, as quais devem ser controladas geralmente por via nutricional. Muito raros são os casos em que o animal obtém a cura sem o tratamento adequado.
O resultado do tratamento depende muito do estado imunológico do cão, bem como do estágio ao qual a doença avançou e do tempo decorrido até que a ajuda médica tenha sido procurada. Só o medico veterinário está habilitado para realizar os procedimentos, portanto consulte sempre a opinião de um profissional antes de administrar quaisquer medicamentos ao seu animalzinho!

Como prevenir a parvovirose canina ?

As duas melhores maneiras de prevenir a doença são: higienização e vacinação.

1. Limpeza de ambientes infectados 


Limpe com água sanitária o local afetado para não infectar outros cães.
Caso saiba de algum foco de doença na região, a limpeza do local deve ser feita imediatamente, já que o vírus é capaz de ficar alojado durante meses no mesmo lugar.
Desinfetantes comuns podem não acabar com o parvovírus devido à sua resistência, então o mais indicado é usar água sanitária diluída numa proporção de 1:32 (4 colheres de sopa para uma garrafa Pet de 2 litros). O produto deve ficar sobre o local infectado durante 20 minutos antes de ser enxaguado. Além disso, existem outros produtos comerciais eficazes no combate à contaminação ambiental. Informe-se sobre eles com o seu médico veterinário de confiança.
 

2. Vacinação preventiva


A vacinação é a mais eficaz das medidas de prevenção, mas não elimina os riscos por completo.

No caso da parvovirose canina, devem ser ministradas 4 doses iniciais da vacina, com intervalos de 3 a 4 semanas entre cada administração.
Após terminado esse protocolo, deve ser realizado um reforço anualmente, ou segundo o critério que o médico veterinário adotar. É importante esse procedimento, visto que, durante os primeiros meses de vida, o animal possui um sistema imunológico dependente, quase que exclusivamente, dos anticorpos maternos adquiridos via colostro, assim, há um período em que o filhote é muito suscetível a doenças, enquanto a vacina não faz total efeito.
É importante se informar com o veterinário sobre o período exato em que se devem ter cuidados redobrados com o animal e administrar a vacina, pois esse tempo pode variar de acordo com a raça e pode durar de 6 a 20 semanas.
Obviamente, além desses métodos de prevenção, isolar o animal de outro que esteja infectado com a doença e fazer um acompanhamento médico a partir de qualquer contato que ele tenha com um animal infectado são essenciais para ajudar seu animal de estimação.
A parvovirose canina é uma doença com alta morbidade e em 80 a 85% dos casos leva à morte. Só você pode ajudar o seu cãozinho, prevenindo o contato com o parvovírus e tomando os cuidados necessários caso o seu pet esteja com os sinais clínicos da doença.
Até o momento, não foram relatados casos de contaminação da doença em humanos ou outros animais, sendo um risco exclusivo para cães.
O acompanhamento médico regular é essencial para garantir a boa saúde de um animal e evitar a manifestação de diversas doenças. Vá sempre a um veterinário de confiança.